Muitas expedições que se arriscavam ao sul no século XVI fundeavam em Ilhabela, importante ponto estratégico da costa brasileira com boas enseadas, víveres, água e lenha. Mas as novas terras portuguesas logo foram infestadas por piratas e contrabandistas, instigados por guerras europeias e sedentos por pau-brasil, índios para escravizar e naus carregadas com riquezas.
Expedições guarda-costas portuguesas entre 1516 e 1528 fracassaram e a situação piorou com a descoberta de prata no Peru (1545) e ouro no Brasil (final do séc. XVII) e após 1580 quando Portugal ficou sob domínio espanhol.
Em 1617 o Rei Filipe II ordenou a vigilância do litoral por uma guarda costeira, mas Cartas de Corso autorizavam os corsários inimigos a pilhar.
A Ilha de São Sebastião* foi usada como covil por muitos piratas. Foi nela que em 1591 o legendário corsário Thomas Cavendish armou seu ataque às vilas de Santos e São Vicente, fato que originou fantasiosas lendas sobre tesouros.
Outros ingleses que aterrorizaram a região foram Francis Drake (em 1578, junto à John Winter e Thomas Doughty, “os Corsários da Rainha”), Edward Fenton (1583), Abraham Cocke (1589-95), John Davis (1591-92) e Richard Hawkins (1593).
Os principais neerlandeses que apavoraram a região foram Olivier van Noort (1599), Lourenço Brear (1599-1601) e Joris van Spilbergen (1615) e entre os franceses estão François Duclerc e o lendário Duguay Trouin, que após dominar o Rio de Janeiro em 1711 supostamente teria escondido na Ilha o que havia pilhado.
Foram construídos 8 fortes no Canal de São Sebastião, 4 em Ilhabela: Ponta das Cannas (na segunda metade do século XVIII) e Rabo Azedo, Feiticeira e Villa Bella da Princeza (após 1819). Ainda assim, moradores amedrontados mantinham prontas trouxas com pertences para eventuais fugas para a mata.
Em 1826, durante a Guerra da Cisplatina, tais fortes libertaram o navio brasileiro Defensor Perpétuo ao bombardear o brigue Chacabuco e a escuna Sarandi, capitaneada pelo argentino William Brown. Em 1827, argentinos saquearam e incendiaram o bergantim Pujante e meses depois ingleses e americanos de um navio corsário argentino foram mortos ao tentar invadir Ilhabela. Por vingança, casas foram queimadas.
Fabricados entre 1722 e 1830, alguns canhões estão expostos na Vila, outros decoram as casas de piratas modernos.
Muitos caçadores de tesouro perderam tempo e dinheiro em Ilhabela, mas a mais impressionante história é a do belga Paul Thiry, que por 40 anos buscou em vão o que achava ser o Tesouro da Trindade, para alguns o Tesouro de Monte Cristo.
* Popularmente chamada de Ilhabela, a Ilha de São Sebastião é a maior ilha do Arquipélago de Ilhabela.


Confira as Imagens Abaixo

Veja as fotos e vídeos

Acompanhe o Portal

Siga o Portal Arquipélago Ilhabela nas Mídias Sociais

Social media & sharing icons powered by UltimatelySocial
YouTube
YouTube
Instagram
WhatsApp
error: Direitos Autorais. Conteúdo Protegido!

Cadastro Realizado com Sucesso!

Ocorreu um erro ao tentar enviar sua solicitação. Por favor, tente novamente.

Portal Arquipélago Ilhabela poderá utilizar as informações fornecidas neste formulário para entrar em contato com você e fornecer atualizações e marketing.